No final de semana passado, após o feriado do dia do Trabalho, aconteceu em São Paulo mais uma edição da Virada Cultural, um evento que é a cara de São Paulo ou pelo menos é a cara que eu gostaria que a cidade tivesse.
A diversidade de atividades culturais durante a virada é imensa. Essa edição (não me lembro se é a terceira ou quarta) teve muita coisa boa, variedade de estilos musicais, de expressões artísticas ... músicas para todos os gostos!
Mas esse ano o evento teve um gostinho diferente pra mim. Esse ano eu senti o espiríto do evento mais de perto, sai da comodidade dos Sesc's (embora a primeira coisa que vi esse ano tenha sido um teatro de bonecos no Sesc Santana, depois uma peça de teatro no Sesc Paulista e terminei minha peregrinação cultural no Sesc Consolação ao ritmo de música cubana) e ganhei as ruas do Centro de São Paulo.
Eu confesso que não sou a maior admiradora dessa cidade, inclusive questiono muito amigos de outros estados e outras cidades que se dizem encantados com essa metrópole mas confesso que me apaixonei pelo que vivenciei dia 02/05.
Após o teatro, uma apresentação no melhor estilo comédia stand up apresentado por um cachorro, com o sugestivo nome de "The Cachorro Manco Show", uma peça engraçada e questionadora, resolvemos, eu e a Lu (sempre), descobrir o que era a verdadeira Virada Cultural.
Desembarcamos no metro São Bento por volta das 22hs e la ja encontramos várias tribos, pessoas de todas as idades e estilos. Passei por lugares em que não me atrevo a passar nem sob a luz do dia. Seguimos pela Praça que e nem sei como chama, mas que em o Mosteiro de São Bento (aff que feio), seguimos pelo Viaduto Santa Efigenia, pegamos baladas que aconteceram no meio da rua, passamos por pistas de tecno, chegamos ao palco do SambaRock na Avenida Rio Branco, seguimos para a Galeria Olido, de la descemos para o Vale do Anhangabau onde eu disse pra Lu: "Estou encantada com o que estou vendo. Não sabia que aqui tem essa praça. Lu, pode escrever no seu blog que vc estava acompanhada de uma paulistana de 31 anos que esta vendo a cidade com os olhos de quem ve um lugar pela primeira vez".
Nem acredito que andei pela região do Teatro Municipal sem medo de ser assaltada.
Esse era o clima do evento: policiamento, pessoas dividindo os mesmos espaços sem confusão e acreditem, coisa rara em SP , interagindo umas com as outras.
Chegamos no Viaduto do Chá onde tinha uma atividade mega bacana: uma bicicleta atravessando um cabo de aço que se estendia do prédio do Shopping Light ao prédio da Prefeitura. Muito legal! Até agora to tentando entender como passaram os tais cabos.
De la demos mais umas voltas, passamos por mais alguns palcos e pistas de danças até voltar para o metro São Bento e seguir para o Sesc Consolação.
No caminho, graças ao milho embelezador que a Lu comprou, vimos muita gente bonita e demos muita risada. (vide blog da Lu)
Foi uma expêriencia inusitada: ruas do centro de SP lotadas em um sábado a noite, as pessoas andando com segurança, se divertindo ... valeu demais meu final de semana.
Um país sem cultura não pode ser considerado um país! Embora possamos aqui abrir uma discussão: todos os artistas falam de cultura para o povo, mas todos os anos são sempre os mesmos famosos que se apresentam por um cache, que creio eu, seja inferior ao de mercado por ser algo bancado pelo governo.
A nota triste da Virada fica por conta e eu não ter visto o show do Wando e nem do Odair José ... pensa que luuuuuxo!!!
Que venha logo a próxima.
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