sexta-feira, 26 de março de 2010

Pão e Circo!

Hoje é o ultimo dia do julgamento dos Nardoni. Finalmente saberemos o destino do casal protagonista de uma das histórias mais tristes dos últimos anos: menina de 5 anos de idade é encontrada no chão do andar térreo do prédio após ser arremessada pela janela do sexto andar com marcas de asfixia e alguns hematomas pelo corpo. E os principais suspeitos? Pai e madrasta.
Não vou prolongar a história pq todo brasileiro conhece, mas foi brutal e parece que quem mora perto do lugar do crime como eu que moro na rua de trás, tem um envolvimento maior com a história, mas uma coisa muito está me incomodando nisso tudo, transformaram um julgamento importante em um circo.
Acho inadmissível o que as pessoas estão fazendo na frente do Fórum. Horas e horas na fila para tentar um lugar no tribunal. Velhos, pais de família e jovens que dormem na fila e fazem questão de posar para fotógrafos de sites e jornais se vangloriando do número da senha que da direito de participarem do "espetáculo". Pessoas que tentam se aproveitar de uma situação que não diz respeito a eles para se mostrarem justos e solidários.
Justos? Solidários? Desculpa mas não acho que isso que está acontecendo tenha a ver com solidariedade e justiça. Pra mim isso tem a ver com o lado sádico do ser humano, que adora uma tragédia.
Todos querem uma resposta, querem que quem cometeu essa atrocidade pague, afinal embora saibamos que existem muitas "Isabellas" poucas tem a chance de ver seus assassinos condenados, mas nada justifica o oba oba que se transformou esse julgamento.
Ninguém ali pode mudar essa história tão particular das duas famílias envolvidas.
Vejo aquelas senhoras conversando e rindo na porta do fórum, gritando por justiça na frente das câmeras e penso se elas não tem uma vida pra cuidar, um tanque de roupa suja pra lavar.
E os jovens que estão la com seus discursos de "vamos mudar o mundo"?
Mudar o mundo todo mundo quer, mas pq não começam pelo seu mundo? A presença deles em sessões da Câmara, em julgamentos de CPI com certeza teria muito mais a ver com essa mudança.
Nesse caso especificamente, o mundo particular de cada um não vai mudar!
Com relação a violência, seja ela contra quem for, nosso mundo só vai mudar qdo ela for extinta. Utopia!
Não acuso o sentimento de solidariedade para com a família da vítima, nem a sede por vingança pois essa eu tb tenho. Critico esse querer aparecer, esse (mais uma vez) circo formado em torno de um assunto sério, triste, comovente e particular.
Se todos ficassem em suas casas, mandando energia positiva, pedindo a Deus ou seja la pra quem acreditam, que os envolvidos sejam iluminados, a verdade venha à tona e a justiça seja feita , com certeza seriam muito mais úteis.
Aliás importante falar nisso: "que a justiça seja feita", pq no calor dessa comoção nacional, pouca gente esta levando em conta que não existe 100% de certeza de que foi o casal, não existe prova que confirme 100% as cenas defendidas pela acusação e dependendo do veredito, uma injustiça muito grande poderá ser feita.
Bom, mas estou escrevendo para falar sobre a papagaiada que o povo está fazendo e não pra acusar X,Y ou Z.
E o que eu espero disso tudo?
Que acabe logo, assim Isabella poderá finalmente descansar em paz pois ela deve ser quem mais está sofrendo com tudo que está acontecendo!

sábado, 20 de março de 2010

Susto!

Hoje acendi uma vela para meus protetores, como faço toda semana mas ela ainda não tinha terminado de queimar qdo minha mãe me chamou para ir ao mercado.
Fui la, dei uma assopro e a chama apagou. Eu ainda voltei para o quarto para me certificar que ela estava apagadinha.
Sai de casa e bateu a sensação de que não tinha apagado a vela. Até lembrei de uma parte do show do Marco Luque qdo ele fala que mesmo a gente tendo a certeza de que trancou a porta, ainda forçamos a maçaneta e se bobear ainda voltamos para se certificar que esta tudo trancado.
Resolvi desencanar e fui para o mercado.
Depois de muito tempo lembrei da vela e qdo olhei para o céu vi um helicóptero da polícia rondando a região da minha casa.
Pensei merda, meu estômago doeu mas não comentei nada. Só pensei na vela que nessas alturas ja não tinha mais certeza de ter apagado.
Cheguei na minha rua, qual a minha surpresa: de longe vi um carro vermelho, com luzes acessas e um carro de polícia parado no meu portão.
Droga mais uma vez não acreditei na minha intuição, eu pensei.
Minhas pernas tremiam.
Qdo me aproximei vi que era um carro de resgate.
Não aguentei e perguntei para o primeiro que encontrei o que havia acontecido (claro que a rua estava lotada de gente).
- Atropelaram um motociclista.
Ufa!
Não era minha intuição, era minha paranóia.
Insegura eu?
"Magina"

FELIZ ANO NOVO DE NOVO

HOJE COMEÇA O ANO ASTROLÓGICO.
ENQTO MUITA GENTE NÃO ACREDITA, PARA OUTROS É HJ QUE TUDO COMEÇA.
PRA MIM É ASSIM, LOGO
FELIZ ANO NOVO DE NOVO! AGORA É PRA VALER!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Até quando veremos notícias como essa?

Ia retomar minhas postagens com um "Conversa de Busão" não muito bacana, mas com um papo sério que não pude deixar de escutar e me indignar, mas vou mesmo escrever sobre o assunto que chocou o dia de hoje e que tem tudo a ver com o que eu ia escrever:o assassinato do Glauco e seu filho.
O Glauco para quem não sabe (muita gente ficou sabendo hoje) é um dos maiores cartunistas do Brasil e pai de personagens impagáveis como o Geraldão, o Geraldinho e a Dona Marta. Ele é tb um dos "Los 3 Amigos" junto com o Angeli e o Laerte que tb são 2 putas cartunistas.
Ja dei muita risada com suas tirinhas!
Mas não estou escrevendo sobre ele só pq é conhecido, até pq o máximo que sei dele está descrito acima, mas sim pq fiquei chocada com o ocorrido (de novo).
Pai e filho de 25 anos assassinados na porta de casa!!!???Não da mais pra aguentar isso!
Uns babacas,filhos da puta resolvem que podem entrar na casa dos outros, levar o que não os pertence, humilhar pessoas de bem e não dar a essas pessoas o direito de se indignar.
Cara, que sensação horrível de impotência ficar sabendo desse tipo de coisa e não poder fazer nada. Dá vontade de gritar e de chorar. Chorar muito pq não nos resta muito o que fazer. Dia a dia a violência marca mais pontos, tira mais vidas, destrói mais famílias e nos deixa cada vez mais órfãos de esperança e fé na humanidade.
Qdo li a manchete em todos os sites pela manhã me senti tão mal, tão incapaz, tão pequena ...

E aqui entra o assunto que iria abordar no "Conversa de Busão"
Duas mulheres conversando sobre dois conhecidos que frequentam a mesma igreja que elas, que conhecem a família delas e que são "gente boa" mas deram o azar da polícia capturar eles após assaltar uma casa e matar o morador.
As mulheres contavam a história como se os assassinados fossem eles, como se tudo isso fosse muito normal.
Mas elas eram mulheres de fé e sabiam que Deus ajudaria eles a pegar a pena mínima pq são homens da igreja.
Juro que aquele papo me deu enjôo. Deu vontade de me meter no papo, de xingar, de chorar, de bater na cara delas e perguntar que mundo elas vivem. Ou melhor, explicar para elas que esse é o mundo em que elas vivem mas que nós não merecemos viver.
Veio à tona a revolta de uma pessoa que acorda todos os dias e só ve desgraça na TV, que pede a Deus todos os dias para trazê-la, e a todos a quem ela ama, sãos e salvos para casa depois de um dia de trabalho, que vê jovens assassinos sendo protegidos por leis que oferecem a eles mais estudos e condições de vida que ela teve, que perdeu um primo assassinado por dois moleques de 16 anos de idade, há 20 anos atrás, por causa de uma moto e que nunca foram presos.

Valores, valores, valores ... cade?

A tarde descobrimos que Glauco e Raoni, seu filho, não foram vítimas de latrocínio e sim de um amigo da família, membro da seita religiosa frequentada por Glauco e que queria ajuda do amigo para provar à mãe que ele era Jesus Cristo.
Mais um crime, e religião sendo citada!
E volta o "Conversa de Busão", onde as mulheres oram para que Deus dê a pena mínima aos homens que mataram, provavelmente, um pai de família.

Deus? Ele deve estar é morrendo de vergonha de nós!

Agora só pro post ficar um poquinho mais leve
Geraldinho
Geraldão

Dona Marta